Diário de Oregon’22 – Liliana Cá em sexto lugar no lançamento do disco

FPA Geral Notícias Oregon'22

21 Jul, 2022
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Eugene (EUA), 20 de julho – A última portuguesa em ação neste sexto dia dos Campeonatos Mundiais de Atletismo de Oregon’22 foi Liliana Cá, que terminou no sexto lugar da final do lançamento do disco, com a marca de 63,99 metros, o seu melhor deste ano.

É sempre de elogiar quando uma atleta chega a uma grande competição e consegue o seu melhor do ano ou um recorde pessoal. Foi o caso de Liliana Cá, que lhe juntou um sexto lugar na final (no palmarés, a fazer companhia ao quinto lugar dos Jogos Olímpicos no ano passado).

Foi uma final muito disputada e com um desfecho inesperado. A norte-americana Valarie Almann, que se apurara para a final no último ensaio, abriu com um lançamento de 67,62 metros e logo depois a chinesa Bin Feng passou-a com um lançamento de 69,12 metros. A americana ainda viu a croata (que tem cinco medalhas consecutivas: ouros em 2013 e 2017, pratas em 2015 e 2022 e bronze em 2019) Sandra Perkovic marcar um lançamento a 68,45 metros e só ao terceiro ensaio respondeu com 68,30. Estava encontrado o pódio e restavam os outros lugares.

A recordista de Portugal abriu com 53,24 metros, mas depois melhorou para 63,64 m, fez um ensaio nulo, melhorou de novo para 63,99 metros (marca que lhe deu o sexto lugar), ainda alcançou os 61,99 metros, e anulou o último ensaio.

A melhor participação de sempre em mundiais. “A prova correu-me bem, muitíssimo bem aliás, melhor do que eu estava à espera”, afirmou, explicando: “Tive dores depois da qualificação e tive de ficar um dia inteiro em recuperação, a ver se chegava à final, mas graças a Deus correu tudo bem”.

O seu primeiro lançamento não a assustou. “Se fosse ao segundo, aí sim. O primeiro é uma experiência, para eu poder saber que não estou focada”, referiu, aceitando que “este foi um excelente ensaio para daqui a três semanas”, embora a atleta ainda refira o cansaço de ter estado a competir nos Jogos do Mediterrâneo. “Uma pessoa saiu de Orã e vem super-cansada, para mudar o jet-lag é super difícil, e treinar em cansaço psicológico então, não é fácil. Mas repito: Graças a Deus correu bem”.

A fechar, Liliana Cá sentia “que podia chegar ao quarto lugar. Mas com o sol custa-me mais a funcionar. No inverno não, mas no verão custa-me mais a ser reativa por causa do sol. Mas correu bem, e atendendo ao que eu fazia anteriormente, acho que estou a fazer uma excelente época de verão”.

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