“Uma equipa multidisciplinar com biomecânica é determinante para a evolução do atletismo nacional”

Geral

2 Mar, 2021
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Entrevista

Paulo Oliveira, doutorado em Motricidade Humana, responsável pelo Gabinete de Biomecânica do Desporto e Performance da Equipa Multidisciplinar da Federação Portuguesa de Atletismo

Observar, avaliar, analisar, partilhar, planear, aplicar, atingir o objetivo. Repetir o processo, vezes e vezes sem conta. É este o dia-a-dia da biomecânica no âmbito da Equipa Multidisciplinar da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA), uma aposta desta Direção que, nas palavras de Paulo Oliveira, é “determinante para a evolução do Atletismo nacional”. Nesta entrevista, o biomecânico, que lançou recentemente o livro “Observar, avaliar e analisar – Uma perspetiva da biomecânica aplicada no atletismo”, explica como é que, na prática, o trabalho que desenvolve se traduz em recordes e medalhas. É que afinal, em competição, “a sorte dá muito trabalho”.

Texto: Vanessa Pais (FPA)

Foto: FPA

Vamos começar pelo início [risos]. De onde vem o teu interesse pela Biomecânica?

Essa pergunta é muito curiosa. Antes de ter integrado a Licenciatura em Biomecânica, frequentei um curso de Informática de Gestão, mas apercebi-me de que, embora goste muito de Economia e de gestão, não era esse o caminho que queria seguir. Entretanto, surgiu o curso de Biomecânica, pelo qual optei, por análise das unidades curriculares, e não pelo curso, pois não tinha noção do que era a biomecânica quando me candidatei [risos]. No entanto, quando descobri a sua aplicabilidade no Desporto, vi que era o curso certo e dediquei muito tempo a estudar e a compreender como a aplicar no Alto Rendimento.

Podemos dizer que conseguiste aliar, através da biomecânica, o gosto pela economia e pelo desporto?

Sim. Sempre tive duas grandes paixões, a economia e o desporto. No entanto, apesar do gosto pelo desporto, não me via, por exemplo, a ser professor de Educação Física. Por isso, apesar do risco, apostei na biomecânica e até agora tem corrido bem.

Desde que tudo começou até ao livro que acabaste de lançar, intitulado “Observar, avaliar e analisar – Uma perspetiva da biomecânica aplicada no atletismo”, o que destacas do teu percurso?

Vou começar com a expressão que diz que “a sorte dá muito trabalho”. O ponto de destaque no meu percurso deve-se a ter-me cruzado com pessoas importantes na área da Biomecânica e a ter aproveitado a oportunidade de trabalhar com o máximo de empenho e persistência para alcançar os objetivos propostos, desde a Licenciatura (durante a qual tive a sorte de trabalhar com o professor Rui Rúben e com o professor Pedro Morouço na avaliação cinemática no salto em altura) até ao Mestrado (durante o qual se verificou uma grande evolução nesta área, com o contacto com a professora Rita Santos Rocha e com o professor Marco Branco). O ponto que alterou o meu percurso foi cruzar-me com uma pessoa que admiro e que é o meu mentor na Biomecânica aplicada no Atletismo e uma referência para mim a nível nacional e internacional nesta área, o professor Orlando Fernandes. Foi ele o culpado por estar no Atletismo. Obrigado professor.

“O livro pretende ajudar o treinador a compreender a aplicação da biomecânica no alto rendimento e como interpretá-la na otimização do rendimento desportivo e na prevenção de lesão.”

O professor Orlando Fernandes foi também o responsável pela revisão técnica do teu livro. A quem se destina esta obra e qual o seu objetivo?

O livro é um resumo do trabalho de seis épocas e pretende ajudar o treinador a compreender a aplicação da Biomecânica no alto rendimento e como a interpretá-la na otimização do rendimento desportivo e na prevenção de lesão.

Porque é que é importante divulgar o trabalho da Biomecânica no contexto do Atletismo de alto rendimento?

Muito se fala de equipas multidisciplinares, mas se analisarmos a constituição dessas equipas, nomeadamente, a nível nacional, são poucas as que apresentam um especialista em Biomecânica no apoio ao Alto Rendimento e nisso tenho de louvar, independentemente de ser eu neste momento o responsável pelo Gabinete de Biomecânica do Desporto e Performance, a Direção do professor Jorge Vieira, por acreditar que uma equipa multidisciplinar com Biomecânica é determinante para a evolução do atletismo nacional. Na minha opinião esta visão tem crescido muito no Atletismo e tem ajudado bastante os treinadores a compreender e a otimizar os aspetos físicos e técnicos dos atletas. 

Se analisarmos profundamente a questão, a Biomecânica está a crescer, mas muito do trabalho desenvolvido ainda está dentro das Universidades, porque quando se fala de Biomecânica há o estigma de que o erro tem de ser mínimo nas análises desenvolvidas. Na nossa perspetiva não sei o que dará origem a mais erros, se será tirar o atleta do local treino e colocar diversos constrangimentos para realizar uma tarefa, ou, pelo contrário, se será desenvolver protocolos que permitam ao atleta treinar e competir bem e no seu local de treino e encontrar meios e formas de corrigir esse possível erro. Associado a isto, os nossos relatórios são muito objetivos, na sua maioria, englobando a análise apenas numa página. Este tem sido o nosso caminho para que o treinador e a Biomecânica estejam cada vez mais próximos na FPA.

De forma resumida, na prática, como é que o treinador, o biomecânico, o atleta e os restantes elementos da equipa multidisciplinar trabalham em conjunto?

Num conceito de Alto Rendimento têm de estar presentes todos os elementos da equipa multidisciplinar, na qual se incluem também, além do biomecânico, do médico e do fisioterapeuta, o psicólogo, a nutricionista e o fisiologista.

Respondendo à questão, aplico a bateria de testes para obter informação física e informação específica/técnica, através dos vários instrumentos que temos à disposição no CAR [Centro de Alto Rendimento] Jamor, desde plataformas de força, medidores de deslocamento da barra, células fotoelétricas e câmaras de vídeo. Faço o tratamento dos dados, obtenho um conjunto de parâmetros e faço a minha análise. O passo seguinte é a partilha da informação com o fisioterapeuta, com quem reúno para realizar uma análise conjunta. Apresentamos os resultados ao treinador e é articulado com o mesmo um plano de trabalho, que depois é apresentado ao atleta.

Parece simples, mas é um processo que dá muito trabalho no chamado backoffice, pois cada área tem uma bateria de testes, é preciso tratar os dados para obter a informação, analisá-la e compará-la com a obtida noutros momentos. É por isso que temos uma avaliação sistemática pela equipa multidisciplinar, para transformamos a informação em conhecimento. No final, esta informação só é conhecimento efetivo quando partilhada e debatida com os outros elementos da equipa.

“Podemos dizer que a Biomecânica tem uma influência de 1% no rendimento desportivo, contudo 1% num metro é um centímetro e num segundo é um centésimo, o que ilustra a sua importância.”

Podes dar alguns exemplos de casos de atletas nos quais a análise biomecânica tenha sido a chave para a evolução?

A influência das várias áreas multidisciplinares no processo de treino ronda os 10%. Ao subdividirmos esta percentagem, podemos dizer que a Biomecânica tem uma influência de 1% no rendimento desportivo, contudo 1% num metro é um centímetro e num segundo é um centésimo, o que ilustra a sua importância.

O primeiro caso que posso dar como exemplo é referente à época 2014/2015 (a minha primeira na equipa multidisciplinar da FPA), com o Técnico Nacional de Velocidade e Barreiras, nessa altura, o João Abrantes e também com o Rui Norte. Reunimos um conjunto de dados cinemáticos dos melhores atletas internacionais de velocidade e barreiras na partida de blocos, fase de aceleração e fase de velocidade máxima, já identificados na literatura. Nessa altura, o Yazaldes Nascimento procurava marca para o Campeonato da Europa de Atletismo de Pista Coberta, em Praga. Trata-se de um atleta poderoso fisicamente e, na perspetiva do técnico, este atleta tinha de melhorar os índices técnicos na partida. Realizamos em seis semanas, quatro avaliações cinemáticas com feedback imediato da partida de blocos. Ou seja, o atleta realizava uma partida de blocos no teste de velocidade, analisávamos o vídeo e o técnico indicava no momento o que alterar. É lógico que a evolução física, mental e o aumento do ritmo competitivo ajudaram muito nesta evolução, mas a 4 de fevereiro de 2015 fez 6s81’ e a 17 de fevereiro de 2015 fez 6s70’, obtendo a marca de qualificação.

Atualmente, neste setor, estamos a acompanhar semanalmente as atletas Lorene Bazolo e Rosalina Santos na preparação para os Campeonatos da Europa de Pista Coberta [Torún, Polónia, 7 e 8 de março]. Vamos aguardar o que vai acontecer.

No setor de saltos, temos acompanhado a Patrícia Mamona de forma sistemática no treino e, neste momento, compreendemos claramente qual a caraterística física que influência o rendimento da atleta. Embora mais à distância, acompanhamos com regularidade o processo de treino da Evelise Veiga e, além disso, neste momento o seu espaço de treino tem um conjunto de instrumentos para realizar a monitorização e a avaliação do treino.

Uma das grandes evoluções que é preciso destacar refere-se ao setor dos lançamentos. Após o ciclo dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016, realizamos um plano de trabalho, que consistiu na monitorização sistemática das caraterísticas físicas e técnicas dos atletas. Após estes cinco anos, conseguimos ter uma base de dados com padrões técnicos e biomecânicos individuais dos atletas do setor. Sempre na procura de colmatar as necessidades do técnico responsável pelo setor, identificamos, juntamente com os atletas visados, a importância de aumentar o ângulo de saída nos casos do Tsanko Arnaudov, do Francisco Belo e da Auriol Dongmo.

De sublinhar também o recente recorde nacional batido pelo atleta Leandro Ramos. A equipa técnica e multidisciplinar da FPA sabia que este era um resultado que o atleta seria capaz de alcançar, até porque já o havia feito durante o estágio nacional de lançamentos realizado no ano passado, antes do Natal. Nesse estágio, realizámos a análise biomecânica desse lançamento, o que foi fundamental para comparar e identificar alguns aspetos a melhorar no melhor lançamento realizado na prova de preparação de lançamentos, em Leiria e felizmente o que se esperava concretizou-se na competição seguinte realizada em Lisboa.

Já no meio fundo, a atleta Mariana Machado tem sido monitorizada e avaliada regularmente pela equipa multidisciplinar. Temo-nos focado muito no aspeto da prevenção de lesão, através do controlo dos índices de força e da avaliação técnica com trabalho conjunto com o fisioterapeuta Ricardo Paulino.

Ainda na marcha atlética, numa primeira fase, durante o ciclo olímpico 2016 houve uma intervenção para conhecer os atletas, reunimos com os treinadores e temos acompanhado alguns atletas de forma contínua, como o João Vieira, a Ana Cabecinha, a Edna Barros e a Vera Santos, trabalho este que é realizado em conjunto com o fisiologista Amândio Santos.

“Desenvolver um relatório biomecânico, com a informação útil em tempo útil para alterar o treino é uma evolução brutal.”

Do ponto de vista da biomecânica e do seu papel no alto rendimento, como é que olhas para a evolução das marcas dos atletas a que assistimos nos últimos anos nas várias disciplinas?

Como referido anteriormente, dentro dos 10%, a biomecânica terá 1% de responsabilidade nessa evolução. Depois, importa referir que, como em todas as áreas, dentro da biomecânica existem várias especializações: há os que estudam mais o calçado, o equipamento. A minha especialidade consiste mais no desenvolvimento de estratégias para controlar e monitorizar o atleta de forma sistemática, com feedback o mais imediato possível.

Por exemplo, a maratona é uma disciplina mais fisiológica e sem dúvida que, neste caso, a biomecânica foi umas das áreas responsáveis para quebrar a barreira das 2h00. As sapatilhas de que tanto se fala agora foram um meio de tornar o apoio mais reativo, para se conseguir praticar uma corrida mais eficiente. De qualquer modo, é preciso dizer que se o atleta não tiver os índices fisiológicos necessários e uma capacidade mental forte, bem pode calçar as ditas sapatilhas… [Risos].

A Biomecânica tem ajudado na evolução dos métodos a aplicar no treino e, nisso sim, temos contribuído para que o treinador tenha informação cada vez mais rica e imediata. Desenvolver um relatório biomecânico, com a informação útil em tempo útil para alterar o treino é uma evolução brutal. Identificar no imediato que o atleta, por exemplo, está a diminuir os seus índices de força máxima, sem ter de realizar os protocolos de levantamento de cargas até à falha, atenuando o risco de lesões graves, é otimizar esta área da prevenção de lesão.

Estar numa sessão de treino de musculação com gadgets e trabalhar em qualidade e não em quantidade, vai permitir o atleta recuperar mais rápido e estar em melhores condições para o próximo treino. É todo este processo que temos de otimizar e pensar.

“[Estamos a desenvolver] um sensor, neste caso, uma Unidade de Medição Inercial dedicada, para obter dados cinemáticos contínuos e imediatos.”

A investigação é, por isso, certamente, uma componente importante do trabalho que desenvolves. A que estudos te tens dedicado nesta área?

A investigação é uma área que ajuda a colmatar algumas dificuldades que tenho no dia a dia no terreno. Recentemente, terminei a minha Tese de Doutoramento, na qual poderia ter utilizado parte do trabalho realizado na FPA, mas como passo horas e horas à frente do computador, a digitalizar, a tratar e a comparar dados de atletas, a primeira questão a que quis responder foi a de como é que poderia deixar de estar tantas horas à frente do computador e continuar a ajudar o treinador e o atleta de forma eficiente. Daí ter surgido o desenvolvimento de um sensor, neste caso, de uma Unidade de Medição Inercial dedicada, para obter dados cinemáticos contínuos e imediatos. Conseguimos, assim, analisar coisas interessantes e esperamos até ao final do ano ter dois estudos publicados a nível internacional com estes resultados. Contudo, o mais importante é começar a aplicar o instrumento mais vezes no terreno e perceber como é que podemos rapidamente ajudar o treinador e o atleta. Esta será nos próximos tempos a minha área de estudo.

Como abordado ao longo desta entrevista, fazes parte da equipa multidisciplinar da FPA, que desenvolve um trabalho importantíssimo com os atletas. Como é que funciona essa equipa na prática, quais as suas rotinas de trabalho e, no fundo, que papel desempenha a biomecânica neste contexto?

A equipa multidisciplinar aproveitou a situação pandémica para se reestruturar, cada vez mais com o foco no Alto de Rendimento da FPA devidamente organizado e planeado. A comunicação é o fator essencial para trabalharmos corretamente. Por exemplo, antes de uma avaliação mais exigente passo no gabinete de fisioterapia e pergunto ao responsável qual o ponto de situação clínico. Se estiver tudo bem, avançamos. Caso contrário, analisamos a possibilidade de agendamento até termos o ok do fisioterapeuta. Após a recolha de dados, se estiver tudo dentro do esperado, não há motivos de alarme. No entanto, se algo não estiver bem, contacto os outros elementos da equipa multidisciplinar, analisamos e discutimos os dados, e compreendermos como intervir junto do treinador e do atleta. Ainda há aspetos que temos de melhorar, mas este é o caminho que estamos a definir.

Dentro desta equipa, a área da biomecânica é a que está regularmente no terreno (treino e competições) e isso torna-nos por vezes “a central de informação”. Por norma, se ocorre uma lesão, o fisioterapeuta Ricardo Paulino tenta perceber se algum dos índices físicos diminuiu, nomeadamente, índices de força ou se identifiquei alguma assimetria no ciclo da passada do atleta, por exemplo. Por vezes, identifico que os índices físicos e técnicos estão a um bom nível e, nesse caso, o contacto a fazer é com o psicólogo, para que este possa avaliar esse parâmetro na próxima abordagem ao atleta. Através deste processo, toda a equipa está informada e alinhada.

O que destacas do trabalho desenvolvido no último ano, no âmbito da equipa multidisciplinar da FPA, considerando a tua referência a uma oportunidade de reestruturação trazida pela pandemia?

A situação pandémica permitiu-nos organizar a intervenção de Alto Rendimento. No relatório de atividades de 2020, como expetável na minha área, verificou-se um decréscimo de avaliações, pela necessidade de estar próximo dos atletas e dos treinadores e isso refletiu-se no grupo de atletas englobados de nível PAR [Plano de Alto Rendimento] 5 (60%) e de nível PAR 4 (40%). Curiosamente, o número de avaliações a atletas integrados no PREPOL e no PREPAL aumentou 1%, indicando que as estratégias definidas para a continuação do acompanhamento dos atletas que estavam a preparação os Jogos Olímpico de Tóquio 2020 tiveram sucesso.

Por comparação com o trabalho desenvolvido a nível internacional, como é que se posiciona o nosso país no que diz respeito à biomecânica?

Sinceramente, não sei quantificar, mas penso que estamos bem posicionados e já somos reconhecidos nesta área. Ao nível do Atletismo, é de sublinhar o facto de termos contactos próximos com alguns treinadores e biomecânicos alemães, pois constituem uma referência neste tipo trabalho. Fiquei bastante agradado quando vi a surpresa daqueles especialistas na apresentação dos nossos relatórios. Claro que, fruto da implementação deste tipo de avaliações desde 1984 na Alemanha, a sua base de dados é maior do que a nossa e sabemos que esse volume de dados permite que tenham um maior conhecimento.

Na formação realizada sobre Biomecânica do Atletismo dinamizada pela Associação de Treinadores de Atletismo fiquei bastante satisfeito pelos elogios apresentados pelo conceituado treinador Shaun Pickering. Também sei que os técnicos vão mostrando alguns dos relatórios desenvolvidos a treinadores estrangeiros e eles ficam bastante curiosos e surpresos e até perguntam como podem ter acesso à informação [Risos].

“Queremos estar cada vez mais próximos dos treinadores e dos atletas envolvidos no Alto Rendimento da FPA.”

Que objetivos tens a curto, médio e longo prazos, seja em termos do teu percurso enquanto especialista em Biomecânica ou no âmbito da equipa multidisciplinar da FPA?

Para que se tenha uma noção, o meu longo prazo corresponde a Paris 2024. Como especialista em Biomecânica, o objetivo é passar o projeto apresentado à Direção Técnica Nacional para o ciclo olímpico Paris 2024 para o terreno; reunir e organizar cada vez mais informação de forma individualizada dos atletas, em diferentes fases da época e em todos os setores, com as mesmas linhas de orientação, sempre com o propósito de ajudar o seu processo de treino. Sabemos que temos de ser cirúrgicos e organizados na forma como vamos intervir, mas queremos estar cada vez mais próximos dos treinadores e dos atletas envolvidos no Alto Rendimento da FPA. Eles têm de se sentir apoiados pela equipa e compreender que somos uma ferramenta de apoio. Estudamos diariamente, sacrificamos muitas vezes a nossa vida pessoal, para compreender como é que os podemos ajudar na otimização do seu rendimento e que, neste contexto, obter este tipo de informação de forma sistemática e regular pode até nem ajudar no imediato, se o atleta estiver saudável, motivado, física e tecnicamente evoluído; mas a experiência diz-nos que haverá um momento no qual isso poderá não acontecer e será muito mais fácil intervir junto do treinador e do atleta tendo essa informação como base de trabalho.

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